Thursday, January 29, 2015

e perante tudo isto?

como esperam que acredite em religião ou em alguém que, na sua sabedoria, nos guia e protege? Não, não falo sequer de mim e do meu sentimento vespertino de abandono, mas como esperam que creia num ser que, a existir, assiste -  impávido e condescendente - à morte de inocentes, seja no meio de combates ou de fome, ou numa explosão de gás num hospital, ou numa qualquer latrina por não serem amados ou desejados pelos pais? Como esperam que creia, quando se mata em nome desse ser, como se fosse o dever  mais natural de quem crê? Como esperam que creia quando, todos os dias e num qualquer jornal, há mais uma notícia de uma mulher morta por quem se recusa a  ouvir um não? Como esperam que creia, quando as condições de vida de quem se esforça se tornam mais precárias e os tubarões continuam a nadar em mares largos de ambição? Não creio! Ainda assim, gostava que ele, a existir, me desse um grande bofetão e me mostrasse que tudo faz sentido... Mas não faz, lamento e por isso não creio...

Sunday, January 25, 2015

Considerações

Ontem tomei, talvez, um dos passos mais difíceis, ainda que um passo pequenino. Ao tomar esse passo, reconheci o meu falhanço enquanto pessoa se que regia por alguns objectivos que têm, inevitavelmente, de ser adaptados... Chorei, chorei muito só de ler aquele documento, senti-me uma pessoa incompleta e injustiçada pela vida... só de ler aquele documento... Não sei se terei coragem de tomar o passo seguinte mas que, pelos vistos, será o único a tomar se quiser chegar ao meu principal objectivo de vida...



entretanto....




Lindo... trágico... intenso...

Sunday, January 18, 2015

Saturday, January 17, 2015

20 anos

vinte anos que passam sobre a tua morte, e as tuas palavras parecem-me minhas....


    SúplicaAgora que o silêncio é um mar sem ondas,
    E que nele posso navegar sem rumo,
    Não respondas
    Às urgentes perguntas
    Que te fiz.
    Deixa-me ser feliz
    Assim,
    Já tão longe de ti como de mim.
    Perde-se a vida a desejá-la tanto.
    Só soubemos sofrer, enquanto
    O nosso amor
    Durou.
    Mas o tempo passou,
    Há calmaria...
    Não perturbes a paz que me foi dada.
    Ouvir de novo a tua voz seria
    Matar a sede com água salgada.

Monday, December 29, 2014

E pronto...



Este cabrao deste ano está a acabar e eu só posso dar graças por isso!!!! Ano terminado em 14 só daqui a 100 anos e eu já cá não estarei, tanto melhor, pois não iria aguentar.... Foi um ano de merda... perdi para a morte física familiares queridos, perdi para a morte figurada uma das pessoas mais importantes e que ainda me faz falta... para a morte física, não tenho remédio, as lágrimas ajudam a continuar.... para a morte figurada, nada tenho a acrescentar, as lágrimas continuam a brotar, sem ajudar a superar... Talvez consiga, no momento em que interiorizar que quem gosta, não abandona incessantemente e quer, quer muito, até quando as dificuldades forem muitas... E chega ao fim este cabrao deste ano... Que venha 2015, que não me vai restituir a esperança, pois essa já a perdi, mas que me veja a ter vontade de inspirar e expirar a cada momento...

Wednesday, December 17, 2014

Pedra....


Porque pouco me importa onde te alapas, nem tão pouco se queres ou não dar de caras comigo... Porque pouco me importa se já houve amor ou sequer se destruíste os meus sonhos... Porque pouco me importa a necessidade de te mostrares nem tão pouco a minha necessidade de me esconder num buraco... Porque pouco me importa a vontade que tenho de te desejar uma existência miserável em que alguém te faça sofrer uma parcela do que eu já sofri,  em que alguém que te faça chorar uma parcela pouca daquilo que eu já chorei... Porque já sou pedra, negra e dura, à semelhança do teu coração...

Thursday, December 11, 2014

E no meio disto tudo...

... o que me fode (porque já nem é lixar) é ter que articular um qualquer som, para que sejas tu a ouvir, tu que nunca me quiseste ouvir... Um grito mudo que eu acho que não merece já vir cá para fora, depois de ter sido empurrada para o meio de uma escuridão surda... Triste é ainda parecer que o som que recuso até ao último suspiro é um sinal do cosmos a lembrar-me de como pode ser sádico ao ponto de não me deixar levantar e me impedir de remeter ao silêncio em que fui enjaulada...


Não quero falar, não quero que ouças qualquer som vindo de mim, foste tu quem renegou o meu grito num tempo, que parece perdido entre os séculos...








fonte da foto: https://www.flickr.com/photos/solea/2887379430/

Tuesday, November 25, 2014

Ora bamo lá bere...





Doentes da bola estão para mim à mesma dimensão dos doentes da religião ou dos doentes da política.... Não sei... parece-me... é só uma impressãozita...

Monday, November 24, 2014

A voltar....

"But I guess there must come a time, when there's no more tears to cry". Será? 





 P.s. Momento de fel do dia - "Merdice, querias que fosse o teu nome, lá lá lá lá"

Sunday, November 23, 2014

Tu...

... vais voltar a ser o meu confessor, aquele que ouve as minhas palavras mudas sem um queixume, vais estar aqui, quanto mais não seja para me mostrares que ainda sei juntar palavras para mitigar a minha dor... já que não me é permitido um reset, com um botãozinho que apague, selectivamente, o que devia ser apagado...

Saturday, February 16, 2013

Não sei...

... eu juro que não sei... sinto-me tão enganada que o meu coração parece explodir... se o karma existe, ando a pagar por erros de séculos, porque só assim consigo explicar... Farta de me dedicar às pessoas para, no fim, levar um grande pontapé, quando já não sou útil, quando a sensação de culpa dos outros já desapareceu... Mas sei que no fundo a culpa é apenas minha, pois deixo que as pessoas voltem para fazer o mesmo de sempre: magoar... magoar até que já não se aguente mais... Não devia deixar, mas deixo e a culpa é inteiramente minha...

Friday, April 06, 2012

Será possível?

ser isto maior que o mundo, ser maior que a vida, ser um esmagamento tal o que sinto que já faz parte de mim? As lágrimas secaram, ou já não há força para as chorar, será que só resta o vazio?

Friday, March 09, 2012

De Feminae die


            Pessoalmente, não sou grande adepta da comemoração do dia, talvez porque mulher é-se sempre, com toda a beleza ou com a toda a agrura que isso possa trazer. Tal como um pai ou uma mãe, é-se tão simplesmente,  é uma condição que não contempla folgas ou feriados.  Mas a existência do dia implica algo mais premente, implica a memória de que o reconhecimento da dignidade às vezes, e para muitas mulheres, não passa de uma miragem e de que o lento girar do mundo não desencadeia as mudanças desejadas.

Não sou totalmente feliz e faltam-me muitas coisas para ambicionar poder dizer que o sou (certamente nunca o vou conseguir dizer), mas sinto-me afortunada porque não sinto fome nem sede ou frio,  tenho família  e amigos e – melhor ou pior –, tenho um trabalho;  tenho (ainda!) liberdade de expressão e movimentos e posso lutar pelo que quero, sem ter o receio constante da violência a pairar sobre mim.  Felizmente cresci num meio que me protegeu no tempo certo e que minimamente, pelo menos,  me valoriza, mesmo que às vezes eu não o faça a mim própria. Talvez por isso, mesmo que não o comemore, deva servir este dia para lembrar que a condição de ser mulher para muitas não é sinónimo de uma condição feliz. Talvez por isso, este dia continue a fazer sentido.

P.S.: Vejam lá bem que até a empresa distribuiu uma florzinha J

Wednesday, March 07, 2012

Youtube rules take 14953




Não os vi com atenção no SBSR do ano passado, e tenho pena... mas viajo com esta música e sinto-me no cimo de um rochedo, debaixo de um calor ofegante, sentada a assistir ao pôr do sol. No Alentejo talvez... sim, numa qualquer povoação do Alentejo profundo... E a música inunda-me, o calor persiste e sei que não quero que aquele momento acabe...

Sunday, February 26, 2012

You letf me and you didn't want care about me, please get out of my dreams the same way!

Monday, February 06, 2012

Tragic, beautiful, awesome...



Don't make me sad, don't make me cry
Sometimes love is not enough and the road gets tough
I don't know why
Keep making me laugh,
Lets go get high
The road is long, we carry on
Try to have fun in the meantime

Come and take a walk on the wild side
Let me kiss you hard in the pouring rain
You like your girls insane, so
Choose your last words
This is the last time
'Cause you and I
We were born to die

Saturday, January 21, 2012

Eu e a minha grande atracção pelo abismo

Os que me são mais próximos sabem que nutro desde sempre um ódio de estimação pelos Hands on Approach (acreditem eu tentei gostar nos meus tempos de teenager muuuuuuuuuuuuuuuuuuuito inconsciente, mas não, há coisas que é melhor não forçar!). Pois bem, hoje resolvi, quando vi alguém postar uma música no FB, que havia de ouvir e que não me iria fazer mal, se calhar o tempo até podia ter feito com que os tolerasse mais... NÃO PODIA ESTAR MAIS ENGANADA!!!!! Despertam mesmo o pior que há em mim... e música... fica mais grudada que o 'Ai se eu te pego'. SOCOOOOOOOOOOOOOOOOOOORRRROOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!