Tuesday, September 05, 2006
Porque elas são mesmo o melhor que o Mundo tem...
Hoje não fui trabalhar, nem sequer perto do Instituto passei, não sou funcionária pública, não tenho ponto para picar,tenho flexibilidade de trabalho. Marimbei-me para... Resolvi aceitar o convite de uma amiga para ir a Vila do Conde, não sem antes passar pelo Infantário onde a mãe dela trabalha. Em boa hora o fiz, porque o meu mundo iluminou-se. Quando me deparei com um grupo de onze, doze crianças numa sala onde se preparavam para dormir uma sestinha, tive uma reacção quase instintiva; sem pedir sequer autorização, prontifiquei-me a ajudar os pequenitos a tirarem as sandalitas, a deitarem-se e pôr-lhes o lençol em cima.Como foi gratificante ver a ternura daqueles miudinhos, que não me conheciam de lado nenhum. Ainda que um pouco envergonhados, lá foram falando comigo, nem que fosse para pedir a "pêpê". Fiquei encantada!
Mas reconheço que nem todas as crianças são assim. Ontem, por exemplo, fui a uma pastelaria com um amigo e confrontámo-nos com os instintos selváticos de uma miúda de cinco/seis anos que ansiava destruir toda a área, mas que se ficou apenas pelo porta-guardanapos!!!! Adiante...
Voltando ao episódio de hoje, se o dia não me tivesse corrido bem, teria na mesma um saldo positivo, porque aqueles poucos minutos encheram-me de uma felicidade um pouco esquecida... Talvez seja o instinto maternal a apertar ou talvez não, mas sempre adorei putos e acho que eles também me curtem; aliás, tenho já vários episódios com crianças que gosto de recordar porque dão sentido à expressão «o melhor do Mundo são as crianças». Estou cada vez mais convencida de que errei na escolha de profissão e que se calhar já não tenho pachorra para pré-adolescentes básicos e jovens que pensam que são os maiores da rua deles. Também já estou um bocado vacinada contra o mundo dos adultos com coisas de adultos e problemas de adultos. É tão enternecedor ver que os problemas dos pequeninos passam, quase sempre, pelas birritas naturais de quem não quer fazer a sesta ou não quer comer a sopa, problemas que não se arrastam nem eternizam. Os problemas dos adultos também deviam ser assim... é bom ver que ainda há inocência neste mundo.
Hoje não é dia da criança, mas o que vivi hoje encheu-me de uma tal alegria que não pude deixar de partilhar; chamem-me lamechas, tótó, I DON'T CARE!!! adorei e é o que conta.
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