Sunday, November 21, 2010

Em relação ao fim de semana passado...

...ou melhor, às cerca de 18 horas que passei por Lisboa, não há grande coisa a dizer, a não ser que é sempre maravilhoso voltar lá, pelos mais diversos motivos. Da razão pela qual lá fui falaremos mais adiante, mas já cheguei à conclusão de que ir à capital me faz sempre muito bem. Esqueço-me das pessoas, dos contextos, das situações e sou eu. Simplesmente eu. A comer um cupcake ou a subir e a descer a Bica, sinto-me bem comigo tão só. É sempre muito bom voltar a ver os velhos grandes amigos e os recentes conhecidos, é sempre muito bom conhecer pessoas novas e diferentes (o italiano, que disse que me odiava por eu ter ido ver Interpol, entre outros ;) eh eh), é sempre bom voltar à Bica (local cada vez mais habitual nas noites pela capital), conhecer o Pai Tirano, subir ao 4º andar e ver o Tejo reflectir uma lua que espreita, teimosa, por entre as nuvens; é sempre bom andar de metro de um lado para o outro e alambazarmo-nos de cupcakes:) as visitas têm que ficar mais frequentes.

Em relação ao concerto de Interpol, só posso dizer que não defraudaram as minhas expectativas, muito pelo contrário. Um concerto sóbrio, muito sólido; um Paul extremamente lacónico e misterioso, um Kessler dançarino e um Fogarino muito consistente na bateria tornaram um concerto, já por si muito aguardado, bem memorável. De início estava com medo que fossem apostar apenas nos últimos álbuns (fazia sentido porque já cá tinham vindo duas vezes, podiam esquecer os dois 1ºs álbuns), mas foi um verdadeiro desfilar dos sucessos. Nalgumas músicas deixaram-me em lágrimas (Untitled, Take You on a Cruise, C'Mere e Obstacle 1), fizeram-me reconciliar com Antics (sempre subestimei Narc e é uma grande malha) e fico à espera de uma nova vinda que me dê a oportunidade de reconciliar com Our Love to Admire. Em relação a Surfer Blood, não me pareceu desagradável, não senhor! Como não sou isenta na análise deste concerto, fica aqui a crítica que mais se aproxima à minha visão, assim como o alinhamento do concerto.

Só mais umas consideraçõezitas:

*Apesar de caminhar para a velhice, acho que não volto a ficar na bancada; para além de ficar longe, sou mais controlada e não posso sacar do meu objecto de relaxamento. Além disso, não me posso levantar para curtir à brava por causa dos monos que se vão sentando atrás de mim. Sim, porque os que lá ficaram, só os ouvi antes do concerto com grande empáfia a dizer que os tinham visto no concerto dos U2 e que eram uma grande banda e que têm grandes malhas; quando os próprios entram em palco, nem o rabo levantam da cadeira, obrigando os outros a ficar também sentados. Só para confirmar, resolvi dar uma olhadela e lá estavam sentadinhos, sossegaditos, de perna cruzada e de cara apoiada no braço. Enfim...

*Não sei porquê, mas insistem em fazer concertos no Campo Pequeno. O espaço é lindo, mas o som é francamente mau! Já tinha sido em Franz e foi-o novamente com Interpol. Mesmo assim, lá estarei novamente para Gotan e The National :)

E para relembrar a minha reconciliação (porque é sempre bom reconciliarmo-nos com alguém ou com alguma coisa), cá fica:

No comments: