Não tive oportunidade de ver o jogo; pelos poucos minutos que vi, parecemos desorientados e, sobretudo, sem garra a que nos habituámos noutras competições passadas. Ponto. Mas há coisa de minutos fiz zapping e lá fui dar ao Canal 1, onde estava a ser transmitida a repetição do jogo e cheguei mesmo na hora do hino das duas equipas. Se o hino da Costa do Marfim não me motivou minimamente -por motivos óbvios -a chegada do hino de Portugal é sempre um momento solene que, regra geral, é sempre acompanhado de lágrimas. Mau ou bom, é o meu país e emociono-me sempre. Serve também o momento do hino para analisar expressões, comportamentos e atitudes daqueles que nos representam a nível mundial em competições desportivas. Foi giro ver três tipos de atitude: a primeira de um grupo que, acabando por não transpor a garra da voz para o campo, fez-me encher de orgulho, uma segunda de um grupo de naturalizados que, não sabendo o hino, pelo menos olharam em frente e por eles demonstro reconhecimento. Há depois uma terceira atitude, individual claro está, da 'estrela' do grupo, que não entoa o hino, olha para baixo e nada mais faz. Mas o que é isto? A emoção só vem dos cobres que ganha? Estava a quê? A concentrar-se para os passes de bailarina que iria fazer a seguir? Há pessoas que não deveriam ser chamadas a capitão de uma selecção e mais uma vez se prova que o dinheiro não compra formação ou sentimento de pertença a um grupo. Neste tipo de competição preza-se acima de tudo o amor à camisola e não os rios de dinheiro e, se calhar, poder-se-ia aprender alguma coisa com o jogador norte-coreano que ficou lavado em lágrimas em pleno estádio, assim que o seu hino foi tocado. Só isso me fez desejar que a Coreia do Norte desse uns quatro ou cinco ao Brasil.
Posto isto, siga pa bingo que ainda temos muito que penar:)
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