Rescaldo mais que rescaldado...

Cá estou eu depois de um tempinho de ausência (o post da gripe A foi só para o nojo!!) para vos falar do Super Bock Super Rock 2009 (Lisbon act). Em primeiro lugar só posso agradecer aos Depeche terem falhado (mais uma vez) um concerto em Portugal; se assim não fosse, não teria eu rumado à Mouraria (tou a brincar, hein?) e não teria eu visto um dos melhores concertos a que já pude assistir... mas comecemos do início.

Chegámos um bocadito tarde, porque nos apeteceu ir passear para as bandas de Queluz e de Cascais (:D :D :D) e assim já não vimos The Walkmen. Vimos um bocadito a Brandie, que não me convenceu minimamente e pareceu-me mais do mesmo.

Ponto positivo: Ouvi-la cantar "Hallelujah" do Leonard Cohen
Ponto negativo: Ouvi-la cantar "Hallelujah" do Leonard Cohen. Ou seja, socorrer-se de outros temas, de outras bandas (Radiohead, por exemplo), quando a única coisa que há é "The Story" e country a dar com pau.


Mando Diao

Ora aqui está uma bela de uma surpresa vinda lá da Suécia que já nos surpreendeu com outras bandas (The Hives, por exemplo). Cheguei ao recinto e só conhecia "Dance with somebody" e "Glória", mas curti do primeiro ao último minuto. Músicas boas, com um forte sentido de musicalidade, vozes afinadas e utilização de um coro e de vários instrumentos, para além dos normais. E os rapazotes também são umas figuraças, o que tornou aquilo ainda mais divertido.

Ponto positivo: o pessoal a curtir bué
Ponto negativo: o som às vezes até arrepiava de tão alto, dass.



Duffy

Mais uma carinha laroca com uma voz engraçada e com alguma músicas interessantes. Já não estava com muita paciência para ela, porque já só queria o Brandon à minha frente, mesmo assim, lá fui cantando o que conhecia. Em minha opinião, deveria ter trocado de lugar com Mando Diao, porque acho que o pessoal perdeu um bocado a pica que tinha ganho com a banda sueca. (Ora aqui está uma pessoal com alguma visão para a gestão deste tipo de eventos. Música no coração e demais empresas, se quiserem os meus préstimos:D)

Ponto positivo: a voz da miúda quando canta
Ponto negativo: a voz da miúda quando fala




THE KILLERS


Sem dúvida, indescritível!!! Entraram a matar, com o objectivo de conquistar o público (com a célebre frase "Nós somos os The Killers e esta noite somos todos vossos") logo aos primeiros acordes de "Human". Bem, se estes gajos entram a matar, pensamento geral, ou isto vai decair ou então vai ser brutalíssimo... Brutalíssimo foi o resultado!!! A apostar numa combinação quase perfeita de músicas dos três álbuns (quase perfeita, porque ainda não digiro as músicas over la sierra e cheias de maracas), com repetições inauditas de músicas sem ser em encore (Spaceman foi a escolhida), com uma voz apurada do Brandon e com um som brilhantíssimo dos restantes colegas, foi uma hora e pouco de puro gozo. Saí de lá de lágrimas nos olhos ao som de "When you're young". Que p... de concerto!!!

Ponto positivo: Shadowplay, versão da música dos Joy Division para o filme "Control". Muita gente que lá estava não devia fazer ideia do que aquilo era, mas está no álbum Sawdust!!! Amei, amei, amei.
Ponto negativo: Acham mesmo? Dizer mal deles só alguns iluminados que escrevem no "Público".


Considerações Gerais:
*Lisboa é uma terra com broncos como qualquer outra em Portugal; os contacto que tivémos com a Gnr disso foram exemplo. Um primeiro a tentar assustar as miúdas que vêm de lá longe com a Brigada de Minas e Armadilhas só porque estacionaram à frente da Embaixada da Sérvia e Montenegro é anedota. Mais anedótico foi o palhaço com a mesma farda que me disse que devia ser revistada por uma senhora e que por isso estava com azar. Sim, porque eu faço cento e tal quilómetros à espera de ser apalpada por um qualquer broeiro. Há pessoas que abusam do pobrezinho estatuto que têm.

*Uma referência especial ao senhor da portagem que nos deu indicações precisas para chegarmos ao estádio.

*6 euros por hamburguer e coca-cola é roubo em qualquer ponto do país.

* Uma outra menção especial aos pseudo-intelectualismos que começam a grassar no jornal "Público". Dizer que The Killers estão no meio caminho entre Def Lepard e Bruce Springsteen é de bradar aos céus. Mas isto só acontece porque a banda já tem uma elevada notoriedade. Se não tivessem, tal como Patrick Wolf, iriam ser elogiadíssimos. Enfim, é a cultura que temos e dizer mal dos conhecidos e bem dos que quase ninguém conhece é simplesmente Fashion!