Estórias da minha aldeia...

A quem não acredita, atenção:é muito lixado ser rapariga/mulher nesta terreola perdida nos séculos XII e XIII. Eu explico: vinha eu no bus, pronta a chegar a casa pra tomar um banho, comer qualquer coisa e trabalhar um cadito antes de voltar a sair, quando ouço uma conversa que me deixou abismada.Assunto: raparigas e os seus envolvimentos amorosos. Para os interlocutores da conversa, esta é a ideia-chave é: as raaprigas não são santas, são todas umas malucas, o que elas querem "sabemos a gente". Ya, conversa banal para aquela gente, mas incomodou-me a facilidade com que apontaram casos para demonstrar a sua tese. Falaram no Sr.Y, pai da menina Y, que deve ter um tremendo desgosto pelo rumo que tomou a vida da filha. A partir do momento em que correu com o marido por ele ser um putanheiro e por lhe arrear (mas isso são coisas de homem!!!!)e por ter mais uma ligação falhada, passou a ser conotada como uma badalhoca, prestando-se a objecto de uma desagradável conversa de autocarro. Nestas alturas, agradeço a mim própria por ser discreta por não dar a conhecer os meus namorados, por ng saber da minha vida, senão também eu ia andar nas bocas do mundo. Whatever... não que me incomode esta gentinha minúscula, mas penso nas pessoas citadas e em como se sentiriam desconfortáveis. Aliás, também penso em mim, porque não gostaria que falassem de mim por motivos tão prosaicos.


Enfim, só um desabafo... Agora vou ouvir Interpol aos berros, para poderem passar na rua e dizerem: "Ai aquela grandessíssima maluca!!! Encalhada, mas uma grandessíssima maluca!!!" LOL!!!!