Chegas à conclusão de que preferes a música ao futebol, quando recebes a newsletter do teu clube e a primeira coisa que procuras é a sugestão musical que eles te apresentam... Ou isso, ou estou deveras desapontada pela contratação do Casillas e do caceteiro...
Whatever...
Saturday, July 25, 2015
Sunday, June 21, 2015
E é assim...
Uma pessoa lê cada coisa que só tem um remédio, dizer o seguinte: um ser esclerosado não deve chatear tanto como idiotas com deficit de atenção, que, a cada merda que vai contra o plano por eles inicialmente traçado, a única frase proferida é: 'Vou matar-me!' ou 'Quero matar-me!'.
Solução: MATEM-SE! Façam esse favor à humanidade!
Convenceram-se tanto da sua singularidade e de que iriam ser reconhecidos por isso que, quando foram arrancados do pedestal, não aguentaram a pressão... Irra!!!!
Wednesday, May 27, 2015
Friday, April 24, 2015
Sinto-me bafejada pela sorte!!!
Então não é que a minha operadora fez o obséquio de me presentear com o waiting ring da Única Mulher do Anselmo Ralph? Eu agradeço mas, tendo em conta que só na semana passada consegui entender o refrão na íntegra, vou ter que declinar a oferta :D
Wednesday, April 08, 2015
Tuesday, April 07, 2015
Saturday, April 04, 2015
Páscoa
Quando ainda cria, era a minha festa religiosa preferida... continua a ser, apesar de tudo, com todas as tradições que nesta terra lhe são inerentes...
Passo, no entanto e desta vez, a dar-lhe o verdadeiro sentido da renovação... Para mim, a vida não vai ser a mesma depois desta Páscoa... novos hábitos, novas perspectivas vão ter que ser encaixadas num ritmo vital que já precisava de ser revisto... É talvez também a altura de fazer o corte... essencialmente com as pessoas de quem precisavas num momento tão melindroso da tua vida, mas que num resfôlego ténue se aproximaram e depressa abandonaram o barco... foram sempre essas as pessoas de quem julgámos precisar e fizemos delas mais importantes que a vida, mas que, no fundo, sabemos que não o devem ser, já que nada trazem de bom...
Seja então esta época aquela que deve ser a de renovação por excelência... torne-me eu uma melhor pessoa, com melhores hábitos e comportamentos, uma vez que por mim eu posso responder...
Thursday, March 26, 2015
Deus
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?),
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?),
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.
Tuesday, March 24, 2015
Trai lai lai lai
Hoje não foi um dia feliz... não te sentes na plenitude das tuas forças, ligas a televisão e vês um rasto de morte e condóis-te, mesmo que não conheças as pessoas que perderam a vida... lidas diariamente com o asco que as pessoas te provocam, seja por abandonarem e maltratarem animais, seja por trabalharem ao pé e serem do mais mesquinho e nojento que pode haver... enfim, há que respirar e alegrarmo-nos com as boas notícias :)
http://pt.blastingnews.com/lazer/2015/03/a-nut-coimbra-abre-ja-em-abril-00319573.html
http://pt.blastingnews.com/lazer/2015/03/a-nut-coimbra-abre-ja-em-abril-00319573.html
Friday, March 20, 2015
Thursday, March 19, 2015
Subitamente, à beira de um monte, um homem de pelico ergueu a mão ao carro. Eram três ou quatro casas apinhadas num terreiro. Moura parou e reconheceu o homem:
- Você outra vez? Então o que é que há de novo?
- Eu sabia que o senhor doutor ia ali à dona Alzira e pus-me aqui à espera.
- Mas então o que é que há?
E o homem contou uma história incrível. Moura já a conhecia, porque fez referência a uma consulta na cidade. Mas de nada lhe valeu, porque o homem queria contá-la outra vez desde o princípio. Receava decerto que lhe tivesse falhado algum pormenor e que isso lhe destruísse a esperança. Contava-a agora de novo:
- Quando foi da sementeira, o patrão Arnaldo disse-me: «Ó Bailote, tu já não tens a mesma mão para semear.» Porque eu, senhor doutor, tive sempre uma mão funda, assim grande, como um cocho de cortiça. Eu metia a mão ao saco e vinha cheia de semente. Atirava-a à terra e semeava uma jeira num ar.
Conta, bom homem, conta o teu sonho perdido. Tinhas, pois, uma boa mão de semeador bíblico. Atiravas a semente e a vida nascia a teus pés. Eras senhor da criação e, o universo cumpria-se no teu gesto. E, enquanto o homem falava, eu olhava-lhe a face escurecida dos séculos, os olhos doridos da sua divindade morta. Imaginava-o outrora dominando a planície com a sua mão
poderosa. A terra abria-se à sua passagem como à passagem de um deus. A terra conhecia-o seu irmão como à chuva e ao sol, identificado à sua força de biliões.
- Agora o patrão diz que eu já não tenho mão.
E mostrava a sua desgraçada mão, envelhecida, carbonizada de anos e soalheira. Moura olhou-me e sorriu-me numa cumplicidade.
- Olhe. Faça ginástica aos dedos. Assim.
E exemplificava. De olhos escorraçados, o homem lamentou-se:
- Tenho feito, senhor doutor. Mas o patrão Arnaldo diz que eu já não tenho mão. Veja, senhor doutor, então isto não será ainda uma mão de homem?
E tentava cavá-la fundo, com os dedos gretados no ar.
- Então que quer que eu lhe faça?
- Dê-me um remédio, senhor doutor. Um remédio que me ponha a mão como a tinha. Assim grande, assim funda, assim, assim... .
E moldava no ar a capacidade de uma mão de Jeová. Fios de sol escorriam de uma azinheira perto da estrada. Os campos repousavam no grande e plácido Outono. E pelo vasto céu azul, sem a mancha de uma nuvem, ecoava levemente a última memória de Verão. Moura pôs o motor a TRABALHAR.
- Então passe muito bem - disse ao semeador. E o carro arrancou, erguendo o pó do caminho.
Mas a visita à doente foi breve. Era uma casa fidalga perdida no descampado. Espectros de um ou outro homem ou mulher olhavam-me no carro parado, olhavam o silêncio em redor. Regressámos enfim pelo mesmo caminho. Quando, porém, chegámos ao monte do semeador, saltou-nos à frente um grupo de pessoas numa sarilhada de gritos, de imprecações, braços no ar, braços apontados para uma loja. Moura saiu do carro e o magote de gente seguiu-o. Fiquei só. Mas o médico regressava daí a pouco, pálido, transtornado.
- Que aconteceu?
Ele não respondeu logo, conduzindo o carro aos tropeções. E só quando o monte se não via já me declarou:
- O homem enforcou-se.
- Você outra vez? Então o que é que há de novo?
- Eu sabia que o senhor doutor ia ali à dona Alzira e pus-me aqui à espera.
- Mas então o que é que há?
O homem olhou-me para ver até que ponto eu 'podia participar do seu segredo.
- Se é preciso, eu saio - declarei.
- Não, acho que não - disse Moura. - O senhor doutor pode ouvir? - perguntou.
- Ele também é doutor? - adiantou o homem raiado de esperança.
- É doutor, mas não é médico.. Diga lá então.
- Se é preciso, eu saio - declarei.
- Não, acho que não - disse Moura. - O senhor doutor pode ouvir? - perguntou.
- Ele também é doutor? - adiantou o homem raiado de esperança.
- É doutor, mas não é médico.. Diga lá então.
E o homem contou uma história incrível. Moura já a conhecia, porque fez referência a uma consulta na cidade. Mas de nada lhe valeu, porque o homem queria contá-la outra vez desde o princípio. Receava decerto que lhe tivesse falhado algum pormenor e que isso lhe destruísse a esperança. Contava-a agora de novo:
- Quando foi da sementeira, o patrão Arnaldo disse-me: «Ó Bailote, tu já não tens a mesma mão para semear.» Porque eu, senhor doutor, tive sempre uma mão funda, assim grande, como um cocho de cortiça. Eu metia a mão ao saco e vinha cheia de semente. Atirava-a à terra e semeava uma jeira num ar.
Conta, bom homem, conta o teu sonho perdido. Tinhas, pois, uma boa mão de semeador bíblico. Atiravas a semente e a vida nascia a teus pés. Eras senhor da criação e, o universo cumpria-se no teu gesto. E, enquanto o homem falava, eu olhava-lhe a face escurecida dos séculos, os olhos doridos da sua divindade morta. Imaginava-o outrora dominando a planície com a sua mão
poderosa. A terra abria-se à sua passagem como à passagem de um deus. A terra conhecia-o seu irmão como à chuva e ao sol, identificado à sua força de biliões.
- Agora o patrão diz que eu já não tenho mão.
E mostrava a sua desgraçada mão, envelhecida, carbonizada de anos e soalheira. Moura olhou-me e sorriu-me numa cumplicidade.
- Olhe. Faça ginástica aos dedos. Assim.
E exemplificava. De olhos escorraçados, o homem lamentou-se:
- Tenho feito, senhor doutor. Mas o patrão Arnaldo diz que eu já não tenho mão. Veja, senhor doutor, então isto não será ainda uma mão de homem?
E tentava cavá-la fundo, com os dedos gretados no ar.
- Então que quer que eu lhe faça?
- Dê-me um remédio, senhor doutor. Um remédio que me ponha a mão como a tinha. Assim grande, assim funda, assim, assim... .
E moldava no ar a capacidade de uma mão de Jeová. Fios de sol escorriam de uma azinheira perto da estrada. Os campos repousavam no grande e plácido Outono. E pelo vasto céu azul, sem a mancha de uma nuvem, ecoava levemente a última memória de Verão. Moura pôs o motor a TRABALHAR.
- Então passe muito bem - disse ao semeador. E o carro arrancou, erguendo o pó do caminho.
Mas a visita à doente foi breve. Era uma casa fidalga perdida no descampado. Espectros de um ou outro homem ou mulher olhavam-me no carro parado, olhavam o silêncio em redor. Regressámos enfim pelo mesmo caminho. Quando, porém, chegámos ao monte do semeador, saltou-nos à frente um grupo de pessoas numa sarilhada de gritos, de imprecações, braços no ar, braços apontados para uma loja. Moura saiu do carro e o magote de gente seguiu-o. Fiquei só. Mas o médico regressava daí a pouco, pálido, transtornado.
- Que aconteceu?
Ele não respondeu logo, conduzindo o carro aos tropeções. E só quando o monte se não via já me declarou:
- O homem enforcou-se.
Vergílio Ferreira, Aparição
Wednesday, March 18, 2015
Loubado seija o sinhore :p
The War On Drugs - Disappearing
mais um a confundir as contas e o Paredes de Coura está a ficar bruto
mais um a confundir as contas e o Paredes de Coura está a ficar bruto
Tuesday, March 17, 2015
Moonspell - The Last of Us
e eu até nem os curto por aí além... eh pá, adoro a musicalidade do início e do refrão, adoro, adoro, adoro!!!!
Sunday, March 15, 2015
Wild...
confesso que adorei o filme, sem que estivesse à espera de que fosse um filme magistral. Gostei pelo conflito pessoal retratado, pela autodestruição a que se entrega uma mulher, mas acima de tudo pela caminhada... o percurso visto como forma de procura, com forma de encontro e como forma de purificação. E a menina Reese dá-me provas de uma moça bem versátil; quem a viu a fazer um papel de caca em Legally Blonde, não estaria à espera de a ver numa interpretação tão sofrida.
E basicamente o filme alimentou ainda mais a vontade cada vez mais premente de também eu fazer uma caminhada, repetir a caminhada de há 15 anos ou aventurar-me na loucura que me assalta o pensamento há muito anos, uma loucura de 700 e poucos quilómetros que teima em persistir.
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