Tenho saudades tuas… sim, que original! É sincero e fere-me como uma espada! Tenho saudades do que vivi contigo e do que ficou por viver, tenho saudades de nós, tenho saudades do teu cheiro… as saudades que tenho do teu cheiro! O teu olhar, a falta que sinto dele. Sinto falta de te dizer que te adoro, sempre tive, mesmo quando era possível dizê-lo… sinto falta de te dizer que te quero desesperadamente, que continuo a querer e que tenho fome de ti… sempre tive…
Tenho saudades dos passeios nocturnos e das visitas a cemitérios, lugar de morte onde descobri a vida, tenho saudades das longas horas em vigília… contigo… Sinto falta da tua força, sinto falta do teu espírito… sinto a tua falta…
Procuro-te… em fotos do passado, em memórias do passado, à procura de um sinal menor de esperança que me faça renascer… quero-te, amo-te, anseio por ti, outra e outra vez… sabes que sim, que o meu amor por ti não se consome assim, nem eu o desejo. És tu, sempre foste tu…
Não te digo nada de novo, nada que nunca tenhas ouvido e queiras ouvir novamente. Estas palavras, que não são prova de uma certeza que precise de ser confirmada, são a marca inegável do que és para mim. Queria dizer-to olhos nos olhos, nunca o disse e eu sei o quanto me arrependo de nunca o ter feito. Quase que me apetece apropriar de uma frase de um filme bem nosso conhecido, mas é cedo para to dizer.